Hoje,
no início do dia, eu queria muito que a vida tivesse controle remoto. Eu o acionaria
de forma a pular logo para a parte da tarde onde, eu sabia, alguns problemas já estariam
resolvidos.
Acontece que vida não tem controle remoto e a gente tem que viver cada minuto inteirinho,
não dá para pular etapas.
O
remédio foi, arregaçar as mangas e botar mãos a obra. No meu caso mãos aos ratos.
Ratos?????? Eca! Eca! Eca! Exatamente! Eram eles o meu grande problema, a razão do meu desespero e
desalento.
Um
havia entrado no motor do carro. Eu precisava sair e cadê a coragem? Vai que o
bicho pula no meu pé ou, pior ainda, no meu colo... Mesmo
que não pulasse em lugar algum eu não posso conceber a ideia de ficar, dentro de
um carro, com um rato!!!!!!! Eca!
O
outro, depois de se banquetear com veneno, morreu no quartinho de ferramentas
do quintal e, apesar do cheiro, eu não conseguia achar o cadáver para a devida
remoção.
A cereja dos bolos, ou melhor, dos problemas, era que eu estava sozinha em casa.
Assunto
eca, não é? Pois é!
Impavidamente,
passei por esta etapa (e as outras) do dia e, agora, tudo serenado, limpo e desinfetado, estou
dando risadas.
A paz reina, ratos vivos e mortos se foram.
Cores,
pra me consolar e compensar, enfeitaram a outra parte do dia.
Logo ali, na
varanda, o bebê cresce rapidamente (já está até mais bonitinho).
E
a vida segue, no seu ritmo, com seus desafios e delicias.
E, por ela, mais uma vez, agradeço a Deus!